sexta-feira, julho 21, 2006

Celorico de Basto no último lugar

Recentemente foi publicado mais um dos indicadores sobre o grau da riqueza nas regiões da União Europeia a 15, ou seja dos países de antes do alargamento a Leste, com um resultado que não surpreendeu ninguém, o Norte de Portugal foi pela primeira vez a região mais pobre da UE-15.

A situação é ainda mais grave se tivermos em linha de conta que nestes valores do norte está incluído o Porto, o que lhe estraga (sobe) completamente a media, não será exagero dizer que se mesmo com o Porto o norte é a região mais pobre da UE-15, então sem o Porto o norte é uma região terceiro-mundista , por muito que tentem camuflar esta realidade.

Tive o cuidado de analisar outros indicadores económicos para além do PIB per capita, neste post irei comentar os resultados publicados pelo INE acerca do poder de compra concelhio.

A média nacional representa o valor 100, o poder de compra do concelho de Lisboa é de 277, 93 ou seja é praticamente o triplo da média nacional.

No extremo oposto, ou seja, o concelho com menor poder de compra é Celorico de Basto, com um valor de 41,77 e mesmo ali ao lado Ribeira de Pena obtêm uns “fantásticos” 43,78, já agora vou referir também o valor de Barcelos que apesar de ser um concelho algo industrializado obtêm um valor muito baixo 58,99

Este resultado já era esperado, afina de contas esta sub-região do Tâmega, onde está incluída Celorico de Basto é por larga margem a mais pobre de Portugal.

O poder de compra de um lisboeta é quase SETE vezes maior que o de um habitante de Celorico de Basto.

No caso de Celorico de Basto até podem agradecer pessoalmente ao Martelo Rebelo de Sousa, que é dessa região, e que é também um dos principais responsáveis pela continuação do modelo actual que vê a região de Lisboa aumentar cada vez mais o seu índice.

Em 2002 quando foram revelados estes valores, o presidente da câmara de Celorico de Basto anunciou que ia processar o INE, será que este ano o presidente da Câmara vai ameaçar novamente o INE ?

Será que a culpa da região de Lisboa abarcar sozinha 39% do poder de compra nacional é do INE?

Será que o INE tem alguma responsabilidade no facto de Celorico de Basto revalidar todos os anos o “título” de concelho com menor poder de compra?

sábado, julho 15, 2006

Siglas da Povoa de Varzim

As siglas entraram em uso na Póvoa de Varzim devido à colonização viking entre os séculos IX e X e permaneceram na comunidade devido à prática da endogamia e protecção cultural por parte da população.

As marcas poveiras eram usadas como brasão ou assinatura familiar para assinar os seus pertences – também existiram na Escandinávia, onde eram chamados de "bomärken".

Herança da raça

As siglas são brasões de famílias hereditários, transmitidos por herança de pais para filhos, têm simbolismo e só os herdeiros podem usar.

As siglas eram passadas do pai para o filho mais novo, aos outros filhos eram dadas a mesma sigla mas com traços, chamados de «pique». Assim, o filho mais velho tem um pique, o segundo dois, e por aí em diante, até ao filho mais novo que não teria nenhum pique, herdando assim o mesmo símbolo que o seu pai.

Na tradição poveira, que ainda perdura, o herdeiro da família é o filho mais novo tal como na antiga Bretanha e Dinamarca. O filho mais novo é o herdeiro dado que é esperado que tome conta dos seus pais quando estes se tornassem idosos.

Podem consultar mais informações sobre estas runas no site :

http://www.cm-pvarzim.pt/turismo/conhecer-a-povoa/siglas-poveiras


Não sou nenhum especialista nestes assuntos, mas ao escrever sobre estas runas da Povoa lembrei-me da obra “The races of Europe” de Carleton Stevens Coon, onde no capitulo XV sobre a península Ibérica escreveu o seguinte:

“Some of the fishing villages along the coasts, however, contain locally differentiated populations as do fishing villages everywhere; one, Povoa de Varzin in Minho province, is distinguished by a slightly greater than usual degree of blondism, broad faces, and broad jaws (bizygomatic = 133 mm., bigonial, 108 mm.). Whence this broad-faced strain is derived is not known.”

Os ataques dos vikings às nossas costas de Entre-Douro e Minho estão perfeitamente documentados, foram até a principal causa da escolha de Guimarães para capital (por estar mais afastada da costa do que o Porto), Coon limitou-se a constatar as diferenças raciais que encontrou na Povoa do Varzim em relação às restantes regiões costeiras portuguesas, e Coon não se baseou em análises de ADN, observando as populações Coon encontrou diferenças, e estas runas podem muito bem ser uma pista para entendermos o porque do “greater than usual degree of blondism” encontrado na Povoa de Varzim. A explicação pode ou não ser esta, o facto é que as diferenças raciais existem, e a presença desta tradição nórdica na Povoa também é inegável.

sexta-feira, julho 14, 2006

A Lisboa do século XVI


A segunda dinastia portuguesa, iniciada em 1385 foi a dinastia dos traidores da raça branca.

A população do reino de Portugal desceu para menos de metade, passou de dois milhões para menos de um milhão, isto ao mesmo tempo que eram construídas enormes naus capazes de transportarem centenas de europeus para paragens longínquas, mesmo sabendo que a maioria deles não sobreviveria à viagem. Todos os anos partiam para as índias 8000 homens validos ao mesmo tempo que a nossa população rural definhava, o povo morria de fome, não só no campo mas também nas cidades.

Ao contrário do que é propagandeado, já que a segunda dinastia é apresentada como o período áureo das descobertas, a realidade era outra, e o país ficou sem dinheiro e sem gente, o que alias levou ao abandono de Arzila e de outras praças de Africa.

A imagem que coloquei em cima é retirada da obra de Oliveira Martins sobre os relatos do Belga Cleynarts, que viveu na “cidade dos infernos”, onde só os negros e os mouros trabalhavam, mal sabia Cleunarts que passados alguns séculos a situação da Bélgica seria similar à da Lisboa e da Evora do século XVI.

Sem duvida que em tais circunstancias eu teria juntado a minha voz às vozes anónimas ligadas ao cultivo da terra, sobretudo no norte do país, defensoras de uma política de fixação oposta à política de expansão com adeptos mais a sul.

A alegada prosperidade das descobertas que é propagandeada pelo estado português, na realidade provocou uma extrema decadência economia, racial e social.

Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo!

quinta-feira, julho 13, 2006

20.000 judeus convertidos à força em Lisboa


Já falei acerca destes acontecimentos em posts anteriores, o que não me impede de ir acrescentando outras fontes, já que considero este tema importante quando falamos em “raça e identidade”.

Oliveira Martins refere claramente que faltou a coragem purista que demonstraram os castelhanos (mesmo em Castela é utopico acreditarmos que TODOS os judeus foram realmente expulsos, no entanto temos que reconhecer o enorme esforço que alguns monarcas castelhanos fizeram nesse sentido), em Portugal optou-se deliberadamente por leva-los para o porto de Lisboa à espera de supostos barcos que nunca chegariam para em seguida converter os judeus fazendo deles “cristãos-novos” portugueses à força.

O que pouca gente parece saber é que tanto eram denominados de cristãos-novos os mouros (árabes e berberes) como os judeus, isso provavelmente acontece porque em Portugal existe nas pessoas menos esclarecidas a consciência errada que os mouros foram todos expulsos para Africa aquando da reconquista, o que é totalmente falso.

Também foi especialmente grave o facto do rei de Portugal, D. Manuel I, ter decidido alterar os nomes de família e pessoais a estes judeus e mouros. A conversão compulsória implicava que os judeus portugueses tivessem que abandonar seus nomes característicos, passando a adoptar nomes e sobrenomes "cristãos". Em geral, adoptaram os nomes mais comuns entre o povo, ou os nomes de família dos seus padrinhos de baptismo católico. Assim deixaram de existir portugueses com nomes semitas e berberes, dando assim uma ideia errada que todo o país era etnicamente homogéneo, a meu ver era preferível que continuassem a existir nomes arabes e judeus.

A intenção portuguesa era óbvia, uma unificação étnica através duma “miscegenação” onde existiriam apenas “portugueses”, tudo em nome duma suposta unidade étnica nacional que só existia na cabeça do rei e daqueles que o rodeavam.

Claro que, mesmo contra a vontade dos soberanos de Portugal, muitos “cristãos velhos” não foram nessas cantigas de unidade nacional e passaram a olhar com muita desconfiança para os “cristãos-novos”.

Como já disse anteriormente, para agravar este quadro já de si desastroso, acresce ainda o facto da proibição real que impedia os judeus de imigrar, isto por causa da sua alegada importância para a economia portuguesa.

Falando apenas dos judeus, depois disto passaram a existir em Portugal três tipos de portugueses de origem judaica. Os convertidos espontaneamente antes do decreto de D. Manuel (que se confundiam com os outros elementos da população e que, pelo menos em tese, desfrutavam de todos os direitos dos cristãos velhos), os neo-convertidos que não ofereciam resistência e procuravam integrar-se, e os neo-convertidos que resistiam à conversão e procuravam conservar seus elementos culturais distintivos (os cripto judeus). Estes dois últimos grupos (os neo-convertidos) eram chamados de cristãos novos.

Lembrem-se sempre que não é através do nome que vocês sabem se são, ou se não são, descendentes de judeus. Existe alguma propaganda falsa que lança a confusão, mas não se deixem enganar!
Podem ter um nome de arvore e serem (ou não serem) descendentes de judeus.
Podem ter um nome que não seja de arvore e serem (ou não serem) descendentes de judeus.

A conquista do Algarve de além mar (Marrocos)

A Idade Média portuguesa acabou no dia de Aljubarrota, a partir daí o país virou-se para o Africa, mais precisamente para a conquista do Algarve de além mar (actual Marrocos).

Pouco depois da conquista de Ceuta, chegam os primeiros negros




Depois da conquista de Ceuta, veio a tentativa de alargamento do Algarve de Além mar



Esta é actual bandeira oficial de Ceuta, situada no norte de Africa, qualquer semelhança com a bandeira de Lisboa não é pura coincidência.




As imagens dos textos foram retiradas da obra de Oliveira Martins

quarta-feira, julho 12, 2006

Identidade I

Fonte: História de Portugal, Oliveira Martins, pagina 55

Uma nota, os três séculos a que se refere Oliveira Martins são os três séculos que precedem D. Afonso Henriques.
Este Portugal era constituído apenas pelos territórios de Entre Douro e Minho, apesar de por vezes, em determinados períodos interrompidos por invasões muçulmanas as fronteiras chegarem ao Mondego.

Noutra série de posts tentarei colocar aqui referencias a varias batalhas que opuseram os nossos reis (nossos no sentido em que eram reis ora das Astúrias, ora de Leão, ora da Galiza, reinos esses onde estava incluída a província de Entre Douro e Minho) aos exércitos do Gharb.

Tentarei também sempre que possível colocar as imagens das obras originais.

segunda-feira, julho 10, 2006

Rendimento (PIB) per capita

Sons da Suévia

Sons da Suévia é o nome de um grupo de gaiteiros de Braga, formado em 2005.

As próximas actuações ao vivo desta banda serão nas seguintes localidades:

JULHO

- 22/23 - Feira Medieval de Óbidos

- 29 - I Aniversário "Sons da Suévia" - Montalegre

AGOSTO

- 5/6 - Feira Medieval de San Felices de los Gallegos - Espanha



http://www.sonsdasuevia.com/