1966
Nesta fotografia podemos ver os capitães da Inglaterra e de Portugal.
Como podem facilmente verificar o capitão português era um negro.
Estávamos em 1966, ou seja muito antes do 25 de Abril de 1974.
A responsabilidade por isto não era dos “capitães de Abril” nem dos “esquerdistas” mas sim da “direita nacional” Salazarista.
Alguns jogadores europeus estranhavam já quando este negro (Coluna) capitaneava o Benfica, porque gritava com os brancos e aparentemente todos lhes obedeciam, o capitão e líder da selecção portuguesa era um negro, isto para além do seleccionador português em 1966 ser Brasileiro.
Nesta fotografia podemos ver em acção a pantera negra, Eusébio, os brancos da Bulgária caem por terra não conseguindo deter a força deste português.
Arrisco-me até a dizer que se o Professor Oliveira Salazar fosse vivo, viveria um dos dias mais infelizes da sua vida no dia do jogo Portugal-Angola, já que para Salazar todos são portugueses, o Mantorras, o Costinha, o Sim(ulaç)ão Sabrosa ou o Akwa, todos seriam portugueses e só poderiam jogar pela equipa das quinas. Quando muito poderia dizer que uns eram portugueses de primeira e outros de segunda, mas acima de tudo, todos eram portugueses!
Afinal de contas, o grito patriótico português mais em voga na altura era:
Angola é nossa!
É fácil culpar o 25 de Abril pela decadência racial em que vivemos, de facto é fácil, mas não é sério. Também não podemos colocar todas as culpas no Estado Novo, afinal de contas a origem dos problemas étnicos remonta à própria formação da nacionalidade, com as celebres mourarias. Se falarmos especificamente de negróides, sabemos que o problema começou pouco depois da batalha de Aljubarrota, quando o filho de D. João I, ou seja o Infante D Henrique, decidiu começar a importação de negros para o Algarve.
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