sexta-feira, julho 14, 2006

A Lisboa do século XVI


A segunda dinastia portuguesa, iniciada em 1385 foi a dinastia dos traidores da raça branca.

A população do reino de Portugal desceu para menos de metade, passou de dois milhões para menos de um milhão, isto ao mesmo tempo que eram construídas enormes naus capazes de transportarem centenas de europeus para paragens longínquas, mesmo sabendo que a maioria deles não sobreviveria à viagem. Todos os anos partiam para as índias 8000 homens validos ao mesmo tempo que a nossa população rural definhava, o povo morria de fome, não só no campo mas também nas cidades.

Ao contrário do que é propagandeado, já que a segunda dinastia é apresentada como o período áureo das descobertas, a realidade era outra, e o país ficou sem dinheiro e sem gente, o que alias levou ao abandono de Arzila e de outras praças de Africa.

A imagem que coloquei em cima é retirada da obra de Oliveira Martins sobre os relatos do Belga Cleynarts, que viveu na “cidade dos infernos”, onde só os negros e os mouros trabalhavam, mal sabia Cleunarts que passados alguns séculos a situação da Bélgica seria similar à da Lisboa e da Evora do século XVI.

Sem duvida que em tais circunstancias eu teria juntado a minha voz às vozes anónimas ligadas ao cultivo da terra, sobretudo no norte do país, defensoras de uma política de fixação oposta à política de expansão com adeptos mais a sul.

A alegada prosperidade das descobertas que é propagandeada pelo estado português, na realidade provocou uma extrema decadência economia, racial e social.

Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo!