Farsa
O primeiro-ministro elegeu a pseudo-qualificação como "prioridade" para a segunda metade da legislatura, que hoje começa, propondo-se atribuir até 2010 equivalência ao 12º ano a um milhão de trabalhadores portugueses.
"Até 2010 queremos que, dos 3,5 milhões de trabalhadores que não têm o secundário, um milhão tire o 12º ano" afirma José Sócrates.
O governo pretende atribuir habilitações a quem não sabe absolutamente nada, a quem não se sentou sequer numa sala. É que os “alunos” em questão não vão frequentar o 12º ano, vão receber equivalência ao 12º, o que é muito diferente.
Uma farsa que pretende falsificar (eles pretendem dizer “elevar”) as qualificações dos portugueses, piorando a já de si má imagem que Portugal tem.
E porque piora?
Reparemos no sinal que é dado aos investidores.
Entre abrir uma fábrica, ou dar um emprego a um eslavo ou a um chinês com o 9º ano, e dar emprego a um português com o 12º o que fará esse investidor?
Dará o emprego ao chinês ou ao eslavo, porque o chinês tem o 9º ano, o português apesar de “ter” o 12º na realidade possui apenas a 4ª classe.
Mas pensam que enganam as empresas e o mercado com este chico-espertismo de trazer por casa?
O mercado tratará de distinguir os trabalhadores portugueses pseudo-formados dos estrangeiros que possuem realmente essa formação.
Mais um passo rumo ao abismo. Ainda por cima serão investidos muitos milhões nesta farsa chamada "Novas Oportunidades", quem sabe se esses milhões não seriam os tais destinados ao "norte", mas que afinal de contas vão ser gastos nestas pseudo-“formações”.
Mau demais para ser verdade.
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