segunda-feira, novembro 28, 2005

Recuperação da principal via da Gallaecia

O Jornal de Noticias, na sua edição de hoje refere claramente a Gallaecia, tenho portanto que dar os parabéns a este jornal portuense pelo rigor e por não ter cometido o erro de chamar “Lusitânia” a esta província. Está na altura de repormos a verdade histórica do nosso passado, apesar de ser visível que essa verdade incomoda muita gente!


"Chama-se Via XIX ao grande eixo atlântico que ligava, nos tempos romanos, as cidades de Braga e Lugo, saindo do Largo das Carvalheiras, em Braga, e terminando no centro de Lugo. Pelo caminho, passava em Ponte de Lima, Paredes de Coura, Valença, Tui e Pontevedra, por exemplo.
Era o mais importante caminho da província da Gallaecia, cuja capital meridional era Lugo e a setentrional era Braga, por onde eram transportados todos os produtos da época.
O projecto em causa foi lançado em 2003, e propõe a criação do itinerário romano numa proposta que visa realçar os seus valores arqueológicos-patrimoniais, meios ambientais e ecológicos. Vila Verde tem partilhado o projecto com outros organismos portugueses e espanhóis, onde se integram, a par de Vila Verde, Diputaciónes Provinciales de Pontevedra (chefe de fila) e Corunha, INLUDES, Ayuntamiento de Lugo, Universidade de Santiago de Compostela, Conselho Superior de Investigações Científicas, Ayuntanet e os municípios de Braga, Ponte de Lima, Paredes de Coura e Valença. E a Universidade do Minho.
Todos os envolvidos têm gerado dinâmicas no projecto para a sua concretização. Nesta fase, decorre o estudo/identificação da via, com base em relatos, documentos e vestígios.
Segundo o autarca de Vila Verde, "todos os organismos estão conscientes que estão a propor um itinerário turístico e cultural transnacional de grande interesse para a História da Península Ibérica."


Para quem vinha da 'Bracara Augusta' (Braga), no sentido de Lucus Augusti (Lugo), a entrada na Via Romana XIX, em território administrativo de Vila Verde, tal como o conhecemos actualmente, fazia-se na actual área da ponte medieval de Prado, representada nesta fotografia.

Fonte: JN