sexta-feira, novembro 25, 2005

O conflito identitário I

O seguinte texto foi escrito por Manuel VILLAVERDE CABRAL, que é nem mais nem menos que o presidente do conselho científico do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Para já deixo-vos algumas partes desse artigo que este reputado professor escreveu.

Este professor utilizou também a análise de José Mattoso no seu recente livro “A identidade nacional”

À pergunta, não seriam já portugueses os habitantes do futuro Portugal (antes de 1143)?

A resposta é interessante:

“(…) Tais "portugueses" nunca seriam, do ponto de vista empírico e de acordo com o próprio Mattoso, mais do que os habitantes de uma estreita faixa territorial do Norte do país entre o rio Minho e o rio Douro, quando muito entre os rios Minho e Mondego, mas não incluiriam nem os habitantes de Lisboa nem, decididamente, os de todo esse vasto "Portugal mediterrânico" situado nas margens e a sul do rio Tejo (Silbert, 1966). Um argumento suplementar contra a concepção da nação como etnia residiria, apesar da naturalização da "nação portuguesa" decorrente da longa duração e da continuidade do Estado nacional, no fato de a sociedade portuguesa não constituir, manifestamente, do ponto de vista das tradições culturais, uma "etnia", mas sim várias, pelo menos duas, conforme se pode ainda ver, hoje em dia, através, por exemplo, dos mapas do comportamento eleitoral (…)”

(…)Aliás, do ponto de vista etnológico, nomeadamente da cultura material, esses "espaços" não seriam apenas dois, mas sim três de acordo com os estudos de Jorge Dias (1982) e de Orlando Ribeiro (1998). Porém, do ponto de vista sócio-cultural e, em particular, do ponto de vista político, são as "tensões entre um Norte tradicionalista e conservador e um Sul progressista e inovador" que sobressaem (Mattoso, 1998:79-81, maxime 80; 1991,II:215 e ss.). Com conotações ideológicas opostas, já Basílio Teles (1901) havia codificado no final do século XIX essa profunda clivagem política. (…)

(…) Por outras palavras, mesmo que fosse possível reconduzir ao Noroeste atlântico do Portugal atual um "potencial etnonacional" qualquer, todo o resto do território português metade ou mais dele, incluindo a futura capital do reino teria sido, por assim dizer, anexado e nacionalizado a partir de cima, do duplo ponto de vista territorial e simbólico, isto é, pela elite nortenha guerreira e católica capitaneada por Afonso Henriques e os seus sucessores próximos na chefia do Estado português recém-fundado.(…)

Este professor diz-nos muito mais coisas sobre este assunto, algumas das quais surpreendentes (ou talvez não) , mas por hoje fico-me por aqui, brevemente colocarei aqui mais novidades sobre este tema, que é, sem duvida, muito interessante!

30 Comments:

At 9:12 da tarde, novembro 25, 2005, Blogger Caturo said...

Veja-se no mapa

http://baz.perlmonk.org/haplogroups.jpg

a semelhança inequívoca entre o norte e o sul de Portugal.

Trata-se do resultado de pesquisas recentes que deita por terra a ideia de que o sul é racialmente distinto do norte.

 
At 9:35 da tarde, novembro 25, 2005, Anonymous Anónimo said...

JAPMG reúne galaicos, reclama a independência, e manda os gajos do sul pró caralho!
Eu sou do sul, e vejo por todo o lado gajos a beijar a mão aos pretos.
E querem estes caralhos do sul mandar no norte! Foda-se!

 
At 10:24 da tarde, novembro 25, 2005, Anonymous Anónimo said...

O Caturo pelo mapa eu vejo diferenças entre Portugal Norte e Sul. Mesmo que não mostrasse, qualquer um tem olhos na cara e vê que ha diferenças.
E o que é curioso é que nessa pagina, as poucas separaçoes k eles fazem de paises é em Espanha e Portugal.
Por exemplo Italia que tem diferenças entre Norte e Sul não ta diferenciado, nem mesmo a França que tambem tem muitas diferenças pelo territorio.
Eles sentiram mesmo necessidade em separar Portugal Norte do Sul.
E também é curioso que na pagina principal http://baz.perlmonk.org/ dizem o seguinte "Link: We are not Celts at all but Galicians" (Infelizmente o artigo foi apagado). Repara que eles dizem que não são Portugueses nem Espanhois mas sim Galaicos. Vieram desta região principalmente. Já tinha visto um estudo que por acaso dizia o mesmo.
Com que então os Irlandeses são nossos descendentes, nossos filhos :) Temos de lhes pedir ajuda para conseguirmos a independência.

 
At 10:39 da tarde, novembro 25, 2005, Blogger Suevo said...

Caro Caturo
Não sou expert a analisar este tipo de graficos, todavia noto varias diferenças entre o norte e o sul, e só o facto de estar lá portugueses do norte e portugueses do sul poderá por si só querer dizer muita coisa.

Diferenças que observei facilmente:
No sul é visivel pakistani kashmir (no norte essa cor não existe, ou não é visivel);
connacht é visivelmente menor no sul;
Basques não existe no sul (existe no norte)
O northern african é o dobro no sul

As diferenças estão lá, e por exemplo não podes afirmar que o norte está mais proximo do sul do que de Espanha,apesar de tambem existirem diferenças em relação a Espanha, a maior será a existencia do tal pakistani kashmir na Espanha, tal como no sul.

Mas repito, não percebo muito bem a que se referem aquelas cores,nem percebo de "haplogroups" logo não posso comentar devidamente, mas se vamos por parecidos tambem somos parecidos com os Belgas por exemplo.

Já que meteste esse site, vê na pagina principal um link sobre a Irlanda que eu já li, mas entretanto retirado que diz o seguinte :
We are not Celts at all but Galicians

Está na url que colocaste:

http://baz.perlmonk.org/

Eu sei que tu gostas da tese dos lusitanos estarem na genese de Portugal, mas como te coloquei neste texto tal tese não convence nenhum historiador credivel, havendo mesmo historiadores internacionais (completamente isentos) que classificam mesmo a criação de Portugal como um "erro historico", se quiseres nomes eu dou-tos.

 
At 10:54 da tarde, novembro 25, 2005, Blogger Suevo said...

Aquele que foi considerado o mais ilustre historiador peninsular,pelo menos do seu tempo, ou seja Alexandre Herculano fez um corte radical entre portugueses e lusitanos a todos os niveis, ou seja a nivel linguistico,etnico,territorial e historico, em todos estes niveis Herculano considerou que não havia qualquer ligação entre lusitanos e portugueses,é certo que Herculano talvez tenha sido demasiado radical, e que poderá haver aqui e ali alguma ligação a lusitanos, mas se te informares da obra dele ves o que ele já altura pensava sobre lusitanos,sobre a batalha de Ourique,etc.

 
At 11:43 da tarde, novembro 26, 2005, Anonymous Anónimo said...

Que merda é esta??? A querer dividir Portugal????
E que tal lutares pelo teu país como um todo desde à mais de 850 anos????

 
At 1:47 da manhã, novembro 27, 2005, Blogger Suevo said...

Há 850 anos eramos (povo do norte) um povo europeísta e conquistador, hoje somos um povo pobre economicamente, emigrante, colonizado e estamos em risco de perder a nossa identidade.

A viabilidade do norte passa pela recuperação das nossas raizes ancestrais, um norte europeista disposto a enfrentar as pressões centralistas e africanistas, é esta a viabilidade do Porto e do norte.

Os defensores do multiculturalismo e do multirracialismo que lutem por este país, afinal de contas são eles que recebem fortunas à nossa custa para o fazer!

Eu por enquanto tenho apenas o meu blogue para ir dizendo umas verdades e defendo a regionalização, creio que isso por enquanto ainda não é crime!

 
At 4:27 da manhã, novembro 27, 2005, Blogger Caturo said...

Galias, no mapa vê-se a semelhança essencial entre o norte e o sul, até mesmo em termos de quantidades. E nem era preciso o mapa, como dizes, porque se vê bem que, de norte a sul, não há diferenças marcantes no seio da população portuguesa. Aliás, algumas das pessoas mais morenas que vi em Portugal não as encontrei no Algarve, mas sim em Aveiro, que é quase norte, ou pelo menos a pronúncia da gente dessa região é certamente nortenha.


Quanto à ausência de referências às diferenças entre o norte e o sul italiano, e o norte e o sul espanhol, são de facto estranhas, já que aí sim, é que se verifica a diferença a olho nu.



Quanto ao artigo em que há Irlandeses a dizer que são Galaicos, é de notar que isso está expresso no mapa - é essa herança genética representada pela parte a verde, que é maioritária na Irlanda e em todos os países célticos das ilhas britânicas, bem como no norte... e no sul de Portugal também.

 
At 4:40 da manhã, novembro 27, 2005, Blogger Caturo said...

JAPMG, repara que:
no sul, é visível o elemento que é dominante na Caxemira paquistanesa, e que é também muito abundante na Islândia, na Noruega, na Inglaterra e na Escócia, e também existe na Irlanda;
o elemento que é mais abundante em Connacht (isto é, no norte da Irlanda) está em maioria no sul de Portugal;
o elemento basco no norte é mínimo;
o elemento norte-africano é mais abundante no sul, mas não é o dobro do que há no norte.

Além disso, já aqui falei de um estudo que mostra que as mulheres a norte do Douro têm mais sangueb norte-africano do que as mulheres a sul do mesmo rio...


Depois, dizes que também somos parecidos com os Belgas. E somos. Mas a diferençazita, é que os Belgas não falam Português, como falam os Portugueses do sul e do norte...


Quanto ao resto, confundes o que eu digo. Eu nunca afirmei que os Lusitanos estivessem na génese de Portugal. O que eu disse é que Lusitanos e Galaicos eram povos irmãos e é dessa comunidade étnica que nasce Portugal, mais tarde.


Quanto aos historiadores internacionais que dizem que Portugal é um erro histórico, são quase sempre castelhanos a quererem dar como ilegítima a independência de Portugal. No entanto, Portugal é, ao contrário do que dizem tais inteligências, um só país, de norte a sul, tal como a genética e a linguística o demonstram.

Há também uma certa dor de cotovelo em vários países europeus pelo facto de Portugal ser uma nação una, de norte a sul; se todas as nações europeias fossem independentes, havia certas «grandes nações» europeias ue ficavam pouco maiores do que Portugal: Inglaterra, Castela, França.

 
At 4:43 da manhã, novembro 27, 2005, Blogger Caturo said...

Quanto ao Alexandre Herculano, o que ele diz da separação entre Lusitanos e Portugueses não favorece a tese galaica... é que, se os Portugueses nada têm a ver com os Lusitanos, também nada têm a ver com os Galaicos, já que Lusitanos e Galaicos falavam a mesma língua ou pelo menos línguas aparentadas.

Além do mais, a tese de Herculano foi já refutada por vários autores, entre os quais Leite de Vasconcellos, que diz que os Portugueses são luso-romanos. Herculano acreditava que o norte da Ibéria tinha ficado desértico antes da Reconquista (tese do ermamento) o que actualmente está posto de lado, tendo-se pelo contrário verificado uma continuidade do povoamento em todo o norte e centro hispânicos.

 
At 4:48 da manhã, novembro 27, 2005, Blogger Caturo said...

Quanto à tua intenção, JAPMG, baseia-se no orgulho ingénuo nortenho de quem pensa que é uma coisa à parte do resto do mundo (o Porto é uma naçom, carago!). Julgas que seria possível deixar os amigos dos pretos a sul do Douro e aí ficavam só os brancos amigos dos Celtas.

Infelizmente, a Galiza já está tão infestada de esquerdistas e internacionalistas que, num cartaz publicitário do turismo galego, aparecia, em grande plano, um negro a tocar gaita de foles.

Mais: costumas dizer que os Portugueses gostam de se misturar com negros e tu não queres tomar parte nisso.

Mas repara: quais foram os Portugueses que se misturaram com negros?

Onde é que há mais mistura negróide no Brasil?
É no nordeste brasileiro, região que recebeu gente de Trás-os-Montes.

Cuba também tem mulatos em barda. E recebeu imigrantes de Cuba (o próprio Fidel é galego, nascido na Galiza).

 
At 1:24 da tarde, novembro 27, 2005, Blogger Suevo said...

Caro Caturo

Não vou discutir, porque não vale a pena, se o elemento norte-africano é ou não o dobro, ou se é mais 95%.

Em relação a sermos parecidos com os Belgas, mas os Belgas não falam português, isso para mim não é argumento, porque os povos falam as línguas que lhes ensinam, a minha pátria como já disse não é língua portuguesa, porque senão também era parecido com Cabo-Verde.
Os portugueses do sul falam português porque foram conquistados, da mesma maneira que a Bélgica falaria português se fosse conquistada.
A língua portuguesa é anterior à separação política do Estado (ou se preferires o romance galaico-português), mas só era falada no norte.

De facto Leite de Vasconcellos (já sabia que ias falar nesse) tentou criticar o trabalho de Herculano, quando este escreveu o livro “Religiões da Lusitânia” em 1897 admitiu que no estado em que então se encontrava a investigação, não era fácil esclarecer as relações entre os povos das civilizações dos metais e as tribos pré-históricas, e só cerca de 30 anos depois é que tentou inventariar os diferentes grupos étnicos que povoaram o território português. E em 1941, num dos derradeiros trabalhos que dedicou ao tema, voltava a mostrar a maior cautela no tratamento da problemática das origens étnicas do povo português e a chamar a atenção para a necessidade de se elaborarem estudos monográficos que pudessem rever ideias correntes e abrir novas perspectivas. Consequentemente, considerava « imaturo querer deslindar desde já a origem dos Portugueses », sobretudo no respeitante aos povos mais recuados (até às invasões germânicas).

A não ser que aprecies o determinismo étnico de Teófilo Braga, como a maioria do território está a sul do Douro considerava os moçarabes como um grupo étnico portador da essência da nação portuguesa, para além de falar de Fenícios, Cartagineses, Judeus e Árabes, logo tal tese não te agradará muito. À tese de que os moçárabes constituíam o fundo antropológico da nação portuguesa correspondia a ideia que a nacionalidade se constituíra de um modo artificial, tardiamente e por circunstâncias casuais (daí a suposta ausência de originalidade da literatura portuguesa). Esta posição extrema que Teófilo sustenta em 1870 (na Introdução à história da literatura portuguesa), retomada pelo iberista Fernandez de los Rios em 1877, depressa seria abandonada pelo seu autor : já não consta na sua Teoria da história da literatura (1872), com que concorreu ao Curso Superior de Letras.

Orlando Ribeiro caracterizou em termos meridianos a diversidade regional portuguesa (1945). E na sequência dos trabalhos de diversos historiadores, etnólogos e geógrafos (com destaque para Alberto Sampaio e Leite de Vasconcelos), assentou inequívocamente a recusa da « individualidade geográfica » de Portugal bem como do determinismo étnico que enformou as posições de tantos autores, insistindo na necessidade de procurar as raízes do Estado e da nação num tempo muito anterior à sua estruturação, considerando as diversas civilizações que se desenvolveram no Ocidente peninsular.

O que forjou a unidade de áreas com características culturais tão diversificadas no território português foi a continuidade de um poder político forte e centralizado.

Havia vantagens numa divisão, olha e para não estar sempre a falar em pretos, falo no numero de autarquias que os comunistas passariam a ter, ZERO. Mas eu neste momento não defendo uma divisão, defendo uma regionalização.

De referir que utilizei como fonte um trabalho de Sérgio Campos Matos.Nestas questões históricas é sempre importante referi-las, não utilizei só esta, mas foi a principal.

 
At 4:44 da tarde, novembro 27, 2005, Anonymous Anónimo said...

Eipa tanta historia, tanta informaçao.. quando é facilmente visivel a diferença a olho nu entre Norte e Sul.

Em relaçao ao mapa de haplogrupos alguem me explica porque é que os Irlandeses, supostos descendentes dos Galaicos, não são iguais ao norte de Portugal? Não têm tanto sangue africano, faltam la muitas cores nos Irlandeses ou estao em numero muito mais reduzido.

 
At 6:16 da tarde, novembro 27, 2005, Anonymous Anónimo said...

o meu sobrenome é Moura e sou do norte. Sera que descendo de mouros? Qual a razão deste sobrenome? Foi para marcar os mouros no passado?
E ja agora o sobrenome Mourinho também significa que é descendente de Mouros?

 
At 9:45 da manhã, novembro 28, 2005, Anonymous Anónimo said...

Então agora os Irlandeses são descendentes de Galegos!
Deixem-me rir.
Nunca houvi tamanha estúpides, em toda a minha vida.
Puxa, não querem ver que agora tambem descendo de galegos!
Por amor de Deus, não me ofendam, com tamanha heresia.
Para os palhaços que disseram isso, quero informa-los, que os
Irlandeses(CELTAS)descendem dos Povos Celtas do centro da Europa, assim como os Escoces,Galeses,Ingleses.
Bom, neste blog já houvi as maiores barbaridades acerca disto.
Como: os Galegos serem superiores aos Lusitanos, depois já são o povo mais puro da Europa, e agora os Irlandeses são descendentes destes.
Só falta diser que os mesmos são Deus na terra.
Puxa, nunca ví tanto narcisismo junto.
Este é o resultado, de quando se começa a inventer, as pessoas perdem o limite do ridículo.
Um concelho que vos deixo.
Pensem um bocadinho antes de abrirem a boca, que é para não diserem tantos disparates.
Não transformem este blog num circo, que ele às vezes até tem uns posts interesantes.

Saudações NS

Celta 88

 
At 10:07 da manhã, novembro 28, 2005, Anonymous Anónimo said...

Para aqueles(galegos) que se dizem mais puros que os outros.
Deixo uma pergunta:
Porque, é que no norte(Minho e Douro e até Galiza)
há tantas pessoas de cabelo preto!
Acho que deve haver muito sangue mouro por ali!
O norte, para quem tem olhos na cara, não é tão branco como vocês pintam.
Essa imagem quase Nórdica, que vocês querem passar, só existe na vossa cabeça.

COYOTE88

 
At 1:47 da tarde, novembro 28, 2005, Anonymous Anónimo said...

Afinal, parece que eu tinha razão.
Então, já sustentas as tuas teses galaicas em gajos do pcp(Manuel Villaverde Cabral)!
jampg, nunca me enganaste.
Para quem me afirmava que o nacionalismo Galaico não tinha nada haver com a esquerda comunista!
Aqui está prova disso.
Acho que deixas-te cair a mascara de nacionalista, e assumiste o verdadeiro lado comunista que à em ti.
Bem eu avisei os nacionalistas que aqui havia gato.
JAMPG=COMUNA

coyote 88

 
At 3:20 da tarde, novembro 28, 2005, Blogger Suevo said...

Celta 88, andas no mínimo bastante distraído, não foi neste blogue que se disse que os Irlandeses eram descendentes dos galegos, isso apareceu na imprensa britânica, e estava também no site que o Caturo colocou aqui acerca dos mapas genéticos.
Tens que dizer isso a quem defende essas teorias, não a mim, que nem sequer emiti, nem tenho autoridade para tal, opinião sobre esse assunto irlandês.

Em relação aos comentários, e realmente como há pessoas (?) que não se sabem controlar e pretendem realmente transformar isto num circo estou a pensar seriamente em acabar com eles, assim quem não gostar que não venha cá. Como não estou a pensar em apagar comentarios diariamente será preferível simplesmente acabar com eles, tal medida já foi seguida em vários sites e blogues e provavelmente será implementada aqui.
Até já se fazem passar por vikings, qualquer dia ressuscitam personagens e até aparece por aqui o Jesus Cristo.

 
At 4:09 da tarde, novembro 28, 2005, Anonymous Anónimo said...

Acho que ou acabares com o os comentários, estas dar um sinal de fraqueza.
Sempre reconheci que aqui houve alguns temas bastante interesantes, talvez algumas pessoas tivessem sido indelicadas,
mas isso tanto foram os do norte como do sul.
Houve alguns exageros de ambas as partes.
Algumas, coisas até foram interesantes, e que por acaso eu desconhecia.
Não posso dizer que concordo com tudo.
Apesar de não concordar com todas teorias que defendes, admiro-te pela tua convicção, como as defendes.
Acredita que este meio Irlandes/Lusitano.
Ficou a saber, graças a ti mais sobre o povo da Galiza, pena que para afirmares a existencia do teu povo optasses por uma política de (às vezes) de denegrir os Lusitanos.
Se alguma vez fui incorrecto contigo, aqui deixo as minhas sinceras desculpas.
UM ABRAÇO DESTE CELTA.

Saudações NS

NÃO DEIXES DE LUTAR POR AQUILO QUE ACREDITAS.

Celta88

 
At 4:36 da tarde, novembro 28, 2005, Blogger Suevo said...

Caro Celta88

Eu não procuro,de todo, denegrir os Lusitanos.
E tens razão, existem pessoas quer do norte quer do sul que gostam de extrapolar, gostam de incendiar os ânimos, muitas vezes de forma anónima e criam a tal imagem de conflitualidade, que não é de todo desejável. Eu próprio posso ter caído nesse erro aqui e ali, mas é normal, ninguém gosta de ser insultado e é precisamente para evitar essas situações, nas quais por vezes caímos sem intenção, que tomo esta atitude.

O blogue continuará.

Saudações racialistas!

 
At 5:39 da tarde, novembro 28, 2005, Anonymous Anónimo said...

Caro jampg.
Apesar,de achar que os comentários(construtivos)são uma mais valia para um blog.
Respeito a tua decisão.
Fico contente que não acabes com o blog.
Só te peço que sejas mais muderado(se possível), pois as pessoas não vão poder argumentar sobre os mesmos.
Espero continuar a ser um leitor acidou deste blog,como sempre fui(apesar de não ser Galego)o povo da Galiza e Astúrias sempre me chamou atenção, por causa das minhas raizes Irlandesas.
E continuar aprender mais sobre o povo Galego(que na minha opinião tem muito haver com povo Irlandês)apesar de algumas diferenças.
Mantem uma informação possitiva, que irás cada vez mais ganhar respeito e admiração, dos outros pelo teu povo.
Às vezes para dizermos que somos bons, não temos que dizer que os outros são maus.
Achei que devia te dizer isto.
Não te vou incomodar mais, pois este será o meu ultimo comentário.

Saudações NS

Celta 88

 
At 2:51 da manhã, novembro 29, 2005, Blogger Caturo said...

Caro JAPMG,

No que respeita à comparação com os Belgas, não se trata, como dizes, de aprender esta ou aquela língua. Eu não disse que a nossa pátria era a língua portuguesa - mas digo que a nossa pátria não existe sem a língua portuguesa. A língua portuguesa é a nossa língua étnica; mas não é a língua étnica dos palops porque esses, Africanos, têm as suas próprias línguas locais, étnicas, de raiz tribal.
É por isso que ser belga ou ser português é diferente - e porque somos pura simplesmente outro povo, do mesmo modo que tu és Sousa e outro galaico é Silva: são ambos do mesmo povo, mas de famílias, nomes, ascendentes diferentes.

Os Portugueses do sul falam Português ou algo parecido porque sempre o falaram, por assim dizer - ao contrário do que muita gente gosta de fazer crer, o derivado do Latim nunca deixou de ser falado no sul de Portugal. Os invasores lá falavam o seu Árabe, ou o seu Berbére, e os invadidos, cristãos hispano-romanos, falavam a sua própria língua latina com substracto indígena e uma ou outra palavra sacada dos invasores, mas que nunca tocou na estrutura da língua.

É também de reparar que em nenhuma parte da Ibéria se usam nomes próprios de origem árabe, o que mostra bem que a mistura nunca foi efectiva, ao contrário do alguns pretendem. Os moçárabes não eram mestiços de hispânicos com árabes, mas tão somente cristãos hispânicos a viver sob domínio árabe.


Leite de Vasconcellos fez uma obra magistral e disse o que disse; pode ter ficado mais prudente no fim da vida; mas outros sábios houve que afirmaram a ideia da ligação étnica entre Portugueses e Lusitanos: Oliveira Martins, Martins Sarmento. Mais recentemente, Vasco Adriano Rodrigues, no seu «Os Lusitanos - Mito e Realidade», aponta várias continuidades folclóricas entre a Lusitânia e Portugal (usos e costumes). E, claro, confirmou que a tese de Herculano está já posta de lado (a do ermamento, que diz que o norte e o centro ficaram desertos e foram repovoados por gente vinda das Astúrias).


De resto, a língua é fio condutor nesta História: antes da invasão mourisca, a população do ocidente ibérico falava um derivado do Latim. Durante e depois da invasão, nunca deixou de a falar. Ora, se tivesse havido uma mistura étnica tão grande como alguns afirmam que houve, então esses falares românicos dariam lugar a uma mistura de Árabe com Latim, não só em termos de vocabulário, mas também em termos estruturais. Resultado: hoje não perceberíamos os Italianos, ou percebê-los-íamos tão bem como perceberiamos o que dizem os Marroquinos.

No entanto, não é isso que passa. Nada entendemos do que diz um árabe, mas podemos entender praticamente tudo o que um italiano disser (se este falar devagar), mesmo que esse italiano seja de zonas onde nunca houve qualquer domínio árabe, como por exemplo a Lombardia (norte de Itália).

A culminar, temos a genética. Apesar da tão falada mistura árabe, norte-africana, sei lá que mais, o que o mapa mostra é que a maioria absoluta da população do sul do País tem o mesmo haplogrupo da Irlanda, de Gales, da Escócia.

Ora como é isso possível?

O que é que a Ibéria tem em comum com as ilhas britânicas? Veio alguma invasão irlandesa ou galesa para a Península Hispânica nos últimos quinhentos anos?

Naturalmente que não.

A única genética que podemos ter em comum, só pode datar de tempos pré-romanos, isto é, antes da chegada dos Romanos. Atenção que os Romanos nem sequer puseram os pés na Irlanda.

Portanto, a população portuguesa do sul é na sua maior parte descendente de povos que já cá estavam antes dos Romanos chegarem, e que eram parentes dos Irlandeses e outros Celtas insulares.

Ora quem eram os pré-romanos?
Lusitanos, Galaicos, Celtici (no Alentejo), Túrdulos (provavelmente, indo-europeus) e Cónios, no Algarve (também indo-europeus).

Quanto a Fenícios, Cartagineses, Judeus, eram todos semitas. E, como se pode ver no mapa, a sua contribuição para a genética portuguesa é mínima, tanto no norte como no sul (presumo que o gene semita, por assim dizer, estará representado no mapa a preto, porque é maioritário entre os Judeus Sefarditas).


Saudações Nacionais

 
At 3:40 da manhã, novembro 29, 2005, Anonymous Anónimo said...

O caturo é impressao minha ou esse grafico mostra que os Gregos sao menos europeus que os Turcos :O :O
Os turcos sao os k tem mais mistura no Sul. Ainda sao considerados arianos?
O verde e azul é ariano ne? então os Gregos ja nem 50% de sangue ariano têm!!!!
E os ITalianos, Bulgaros, Romenos nunca pensei k tivessem tanta mistura africana :O
Epa estou chocado!!! Afinal vamos preservar o que? As raças do Sul da Europa ja tao todas fodidas :(
Estou chocado, alguem k me explique porque se é o que eu tou a ver entao vou cagar po nacionalismo, ja nao ha interesse em preservar nada :(

 
At 3:44 da manhã, novembro 29, 2005, Anonymous Anónimo said...

"Os turcos sao os k tem mais mistura no Sul. Ainda sao considerados arianos?"
Enganei-me no comentario anterior. Eu referia-me aos Gregos não aos turcos, queria dizer que os Gregos sao os k tem mais mistura no Sul e perguntar se ainda sao considerados arianos?

 
At 3:31 da tarde, dezembro 01, 2005, Anonymous Anónimo said...

Eu não tenho dúvidas nenhumas acerca da autenticidade das informações que aqui são produzidas.
Excepto algumas, obviamente difamadas por ignorantes na matéria e que falam sem conhecimento de causa. Aos quais aconselho eu informarem-se e lerem (muito-vão ver que faz bem à mente)acerca do assunto e deixarem de uma vez por todas de assumir um provincianismo absurdo.
Dúvidas?
Passo a explicar...
A macrocefalia e o umbiguismo que existe na capital e que manipula o pensamento das pessoas que lá habitam, bem como da restante população do país, através da veiculação da cultura pro-lisboeta e sulista nos meios de comuicação social.
É isso que faz com que sejam desconhecedores das causas comuns existentes em dois lados de uma fronteira inexistente. O facto de viverem numa cultura muito vossa e de ignorarem por completo a mentalidade, os costumes, as tradições, enfim, a cultura comum aos dois lados da fronteira.
Falta-vos conhecimento do terreno, saberem daquilo que estão a falar, para não cometerem o erro de cair no absurdo e de passarem aos insultos como forma de retaliação. Coisa que não só não vos fica bem, como também retrata fidedignamente o vosso perfil.
Nós temos uma vantagem, ou duas, se preferirem: o facto de conhecermos o vosso terreno e termos uma noção de ambas as partes e a verdade histórica. Sim, porque essa ninguém a tira!
Saudações a todos.

 
At 11:25 da manhã, dezembro 02, 2005, Anonymous Anónimo said...

Tanto vocês do norte se queixam de Lisboa isto, Lisboa aquilo.
Mas uma coisa que vocês se esquecem, é que Lisboa é composta, de pessoas de todo Pais(e também muitas vindas do norte).
Nos governos existem muitas pessoas do norte, que se estão a cagar para vocês.
Moral da história, em relacão aos nortenhos.
São muito bairristas, adoram e defendem o norte até à morte, o seu querido norte.
Mas quando vem para cidade que eles tanto odeiam(dizem eles!)
Esquecem o seu tão querido norte.
Por isso deixem-se de hipócrisias.
Que isso é tudo "show off" para Inglés ver.

Landser 88

 
At 3:23 da tarde, dezembro 05, 2005, Anonymous Anónimo said...

nao encontras muitas pessoas do Porto a trabalhar em lisboa, so se forem devido a empresa ter sede e/ou filiais em lisboa, porque caso contrario nao deve haver assim tanta gente, existe sim muita gente do interior ai a trabalhar, porque tb em lisboa os ordenados sao maiores e as condiçoes melhores em relaçao ao resto do pais.

 
At 10:13 da manhã, dezembro 06, 2005, Anonymous Anónimo said...

"não encontras muitas pessoas do porto a trabalhar em Lisboa"
anonymous das 3:23pm .
Deves conhecer muito mal Lisboa, para dizeres isto.
Lá está, o vosso narcismo a falar.
Sabes na área metropolitana de Lisboa vivem mais de 3 milhões de pessoas.
Por isso posso te assegurar que aqui à muitas pessoas do porto(e olha que não são filias de empressas do porto)trabalhar aqui.
Lembtra-te que as grandes empressas nacionais(não confundir com em empressas regionais)estão aqui em Lisboa.
O norte,está cada vez mais afundar-se, por culpa do vosso narcisismo.
Que acha que aquilo é maior cidade do mundo!
Vocês de tanto, olharem para o vosso umbingo,deixaram de ter noção da realidade mundial.
Acordem, antes que seja tarde.

Coyote 88

 
At 10:41 da tarde, maio 05, 2008, Anonymous Anónimo said...

Desta discussão toda, cheguei à conclusão de que, cada um, lê a história como lhe convém e apetece, segundo o seu interesse momentâneo.
Vê-se que não nenhuma cientificidade nas afirmações produzidas, o que, aliás, seria de esperar, neste blogue. Realmente,trata-se de analizar povos a vários milhares de anos atrás.
No entanto, pelo que, já, li, vi e ouvi, os Lusitanos não terão caído na peninsula ibérica, do céu aos trambolhões. Vieram, naturalmente, de algum sítio e parece-me razoável admitir que vieram do mesmo local dos outros povos peninsulares, se os outros, são celtas, então os Lusitanos, também, o serão. Não vejo nada de especial e anormal nisso, é o mais óbvio. Aliás, pela dimensão do território peninsular que está em causa, não nos pode levar a outra conclusão.Na verdade, a lusitânia era uma zona pequena, a galiza é pequeníssima, o algarve, nem se fala. Portugal todo junto é um país muito pequeno. O próprio D. Afonso Henriques viu isso e tratou logo de o alargar para o único sítio possível, na altura, o sul. Os outros reinos peninsulares fizeram o mesmo. A galiza do norte nunca quis juntar-se ao sul, que se saiba. Que os reis de castela não o tolerassem, é certo e evidente, mas eles, também, nunca fizeram nada para alterar esta situação. Agora são espanhóis, como os outros e não vejo a mínima hipótese de isto se alterar. Eles para serem independentes, não têm mesmo hipóteses, são um território muito pequeno, que, ainda por cima é pobre, são montes de granito e pinheiros, apenas. Evidentemente que é pena, mas é assim. Não se pode mudar a orografia. É tudo.
Alguém, nestes blogues, já falou num Portogaliza, seria, evidentemente, um País viável, mas a grande maioria dos castelhanos não o tolerariam assim, como, a maioria dos Galegos. Aliás, eles como irmãos que são, sentir-se-iam humilhados. É pena.
DS

 
At 1:31 da tarde, maio 09, 2008, Anonymous Anónimo said...

Para aqueles que, neste blog, falam em fiferentes étnias em Portugal, sendo que o norte é conservador e o sul não, devo-lhes dizer que, se não têm argumentos para sustentar essa posição, devem reconhecer que não têm razão. Isto porque alguém afirmou que o norte é conservador e até no referendo do aborto isso se viu, sendo, por isso, o país partido um dois. Mas, se é assim, então o distrito do Porto deve ser considerado Lusitano, ou seja, de outra étnia ou seja, incluído no Portugal do sul progressista, porque não comunga da cultura Galaico - Norte de Portugal, porque votou a favor do aborto, contrariando toda a cultura nortenha e obviamente, Galega, Celtas, etc.
Sabem uma coisa, poucos, que escreve neste blog, pensam no que dizem, o que é mau, porque lançam o descredito. Aliás, eu, pessoalmente, divirto-me com estas asneiras. Pensava que eram impossíveis. Só lido, porque contado, ninguém acreditaria.
DS

 

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