quarta-feira, março 28, 2007

Socialistas contra a nossa etnia

Tem sido bastante noticiado o despejo de alguns indivíduos da comunidade cigana,que são sustentados pelo rendimento mínimo em Campanhã.

Até aqui tudo normal, no entanto, e como já seria de esperar surgiu em cena um conhecido e velho inimigo do nosso povo Calaico, de seu nome Pedro Bacelar Vasconcelos, que, para quem não sabe, enquanto governador civil de Braga ficou conhecido por defender ciganos, não hesitando em lutar contra a nossa população da freguesia de Oleiros. Nós não esquecemos!

O Partido Socialista mostrou que está contra os portuenses ao colocar este inimigo declarado do nosso povo como cabeça de lista à assembleia municipal nas últimas eleições autárquicas. E infelizmente houve quem cometesse a inconsciência de votar no Partido Socialista, elegendo Pedro Bacelar.

Já esperávamos portanto, que à primeira oportunidade ele desse a cara.

Conforme é publicado no Jornal de Noticias de hoje, Pedro Bacelar acusou o Executivo de Rui Rio de "ter um preconceito" em relação às pessoas em causa e defendeu que "a situação não devia resolver-se sem previamente planear o realojamento. A que se deve esta pressa?", questionou.

A Câmara foi também acusada de ser racista, por um representante da SOS Racismo - "Discrimina as suas raízes e costumes culturais. Por que razão nunca foram integrados?”

Perante isto só posso dizer que quem discrimina as raízes e costumes culturais os ciganos são estes multi-culturalistas, que pretendem à força “integrar” os ciganos, quando os próprios ciganos não querem integrar-se, preferindo continuar a viver do rendimento mínimo pago por todos nós.

Convém recordar que ainda no último fim-de-semana um Policia foi esfaqueado na Ribeira por um negro, e que nessa altura nem o SOS racismo nem o Pedro Bacelar se manifestaram.

Pedro Bacelar tem de facto um curriculum invejável no combate ao racismo, mas só quando as vitimas não são Brancas/Calaicas!

terça-feira, março 13, 2007

Farsa

O primeiro-ministro elegeu a pseudo-qualificação como "prioridade" para a segunda metade da legislatura, que hoje começa, propondo-se atribuir até 2010 equivalência ao 12º ano a um milhão de trabalhadores portugueses.

"Até 2010 queremos que, dos 3,5 milhões de trabalhadores que não têm o secundário, um milhão tire o 12º ano" afirma José Sócrates.

O governo pretende atribuir habilitações a quem não sabe absolutamente nada, a quem não se sentou sequer numa sala. É que os “alunos” em questão não vão frequentar o 12º ano, vão receber equivalência ao 12º, o que é muito diferente.

Uma farsa que pretende falsificar (eles pretendem dizer “elevar”) as qualificações dos portugueses, piorando a já de si má imagem que Portugal tem.

E porque piora?
Reparemos no sinal que é dado aos investidores.
Entre abrir uma fábrica, ou dar um emprego a um eslavo ou a um chinês com o 9º ano, e dar emprego a um português com o 12º o que fará esse investidor?

Dará o emprego ao chinês ou ao eslavo, porque o chinês tem o 9º ano, o português apesar de “ter” o 12º na realidade possui apenas a 4ª classe.

Mas pensam que enganam as empresas e o mercado com este chico-espertismo de trazer por casa?
O mercado tratará de distinguir os trabalhadores portugueses pseudo-formados dos estrangeiros que possuem realmente essa formação.

Mais um passo rumo ao abismo. Ainda por cima serão investidos muitos milhões nesta farsa chamada "Novas Oportunidades", quem sabe se esses milhões não seriam os tais destinados ao "norte", mas que afinal de contas vão ser gastos nestas pseudo-“formações”.

Mau demais para ser verdade.

segunda-feira, março 12, 2007

Angola vinga herói benfiquista

Várias centenas de portugueses foram alvo duma acção policial, acabando na Polícia de Luanda, para onde foram encaminhados.

Segundo o JN:

“A decisão tomada pelo Ministério angolano da Administração Interna é entendida, de acordo com alguns cidadãos da comunidade portuguesa, contactados pelo JN, como uma "retaliação administrativa" relativa ao "caso" Mantorras. Segundo as mesmas fontes, o mais "revoltante" é que os portadores de cartas de condução de outras nacionalidades não foram fiscalizados.”
(…)
“Se hoje, às 8 horas, os portugueses não comparecerem no posto de Luanda da Brigada Especial de Trânsito, serão acusados do "crime de desobediência civil””
(…)
“A situação precipitou-se no passado dia 5, quando o futebolista Pedro Mantorras foi mandado parar pela PSP e acabou por passar toda a manhã no tribunal do Seixal, por ter sido apanhado a conduzir com uma carta angolana”

http://jn.sapo.pt/2007/03/12/ultima/caca_a_carta_portuguesa_luanda.html


Lembremos que Mantorras, herói do Sport Lisboa e Benfica não é virgem nestas situações, já falsificou (rasurando com esferográfica) a data de validade do visto no célebre voo da Suíça.

Uma coisa é a Policía Angolana controlar a documentação aleatoriamente, outra muito diferente é esta acção concertada das autoridades angolanas dirigidas a europeus, isto chama-se XENOFOBIA (por serem “portugueses”) e RACISMO (por serem brancos).

Angola nisso parece estar muito melhor Portugal, já que Portugal é uma pátria multirracial que pretendeu e continua a pretender miscegenar a sua população, ao passo que Angola parece mostrar um pouco de orgulho étnico.
Em Angola a RAÇA consta dos bilhetes de identidade, não é como na “pátria” portuguesa pseudo-lusitana onde “somos todos iguais”, e onde valorizam muito a “língua”, considerando os africanos “nossos irmãos”.
Isto ocorre com todos aqueles que consideram que a Nação é uma realidade própria gerada através da lingua, dos costumes e da História. Para estes, nesse sentido histórico e linguístico as nossas fronteiras não estão na Europa mas alargam-se pelo atlântico sul e estendem-se até onde chega a CPLP. Afinal de contas só em 1975 é que Portugal ficou limitado a fronteiras europeias (esquecendo Macau, Açores e Madeira que dificilmente podem ser consideradas geograficamente europeias).

São as consequências de séculos dum nacionalismo histórico português baseado unicamente numa ideia de pátria ligada à língua, ao cristianismo e às conquistas territoriais.

Os africanos são povos errantes e sem pátria, muitos deles não reconhecem as fronteiras traçadas a régua e esquadro pelos europeus. No entanto isso traz-lhes uma vantagem, a sua força identificadora é a étnica. A força estrutural da etnia sobrepõem-se ao tecido da cultura e ambas a qualquer projecto de intenções da politica, nomeadamente os que sempre buscam e buscaram a consolidação de estados pluri-etnicos ou pluriculturais dentro das fronteiras herdadas.

quinta-feira, março 08, 2007

Deixem guiar o Mantorras!

terça-feira, março 06, 2007

Povo e fronteira

Relatos dum escrivão na contagem de moradores e delimitação do território português, ano 1531.

“Ruivães é aldeia mistiga de Galiza e Portugal, que vivem misturados Galegos e Portugueses, us mitidos por outros e nam há certa divisão entre us nem outros.
E quando estes fazem casa nova pergunta é se a fazem por de Portugal se por de Galiza; e se dizem que por de Portugal são-no, e se de Galiza também; E hoje são todos galegos e amanha portugueses.”

“E os portugueses estão mitidos por Galiza nos ditos lugares, e os galegos em Portugal, e uas casas são de Galegos e outras de Portugueses, e não tem certa divisão entre us e outros. E já a estas duas aldeas místicas, por mandado dos Reis de Portugal e Galiza, foram corregedores e justiças para as repartirem, e estiveram sobre isso muitos dias e tempos, e não as puderam divisar, e passaram sentenças que estivessem assim como sempre estiveram”


Em Ruivães, Santiago e Meãos ainda em 1518 os conflitos institucionais continuavam muito vivos. Os licenciados Antoneo Correa (portugues) e Escalante (castelhano) confrontaram-se com as dificuldades das jurisdições senhoriais do Duque de Bragança (que eram quem mandava realmente em grande parte do Norte de Portugal, poder esse que era temido pelo rei) e do galego conde D. Fernando de Andrade. Os magistrados, incapazes de julgar, procuraram disfarçar uma retirada, deixando a decisão para as autoridades locais.
Estas gentes, viviam (e ainda vivem) em fortes comunidades, longe da construção da ficção jurídica do estado.
Não podendo marcar uma fronteira, os magistrados confirmaram o costume antigo

“Que pacem e cortem e bebam uns com os outros juntamente como sempre usaram”

Os magistrados régios tiveram de arranjar maneira de decidir, não decidindo.
Claro que tão simpáticas decisões devem-se ao isolamento das populações do Norte de Portugal e da Galiza, longe dos circuitos comerciais, e com uma agreste disposição do relevo que não permitia fluxos regulares e volumosos de mercadorias. Daí a marginalidade consentida a estas populações para que continuassem mantendo antigas praticas e velhos costumes.

A fronteira entre o Norte de Portugal e a Galiza não existiu como linha efectiva de delimitação até o estabelecimento dos estado modernos.
O tratado de Alcanices delimitava a fonteira com Castela e a sua prolongação para o sul (Estremadura, Andaluzia) e Portugal, mas não da Galiza e do extremo norte do território português.


Por incrível que isso possa parecer, aldeias como Randim e Tourem não eram nem galegas (espanholas) nem portuguesas, situação que ocorreu até ao século XIX e só foi alterada nos tratados de 1864 e 1926.

Só se traçou a fronteira para que os estados modernos, desejosos de cobrar tributos, pudessem recrutar soldados, e para serem finalmente capazes de negociar e cartografar uma delimitação até então inexistente. Uma fronteira que partiu aldeias pela metade como aconteceu em Rio de Onor (Bragança).

Conhecia-se como “Couto Misto” um território entre Ourense e Chaves, instituído durante a Idade Media, posteriormente vinculado à Casa de Bragança mas não à coroa de Portugal nem à de Castela. Este território estava isento de impostos, e não fornecia soldados nem a um reino nem a outro até ao tratado de Lisboa em 1864.
Para além disso, cada habitante do Couto elegia livremente a nacionalidade espanhola ou portuguesa. A partir do Tratado, que entrou em vigor em 1868, os seus domínios passaram para a soberania da Espanha.