"Levantem-se e protestem!" Selecção jogará com equipamentos pretos e brancos

"Levantem-se e protestem!" É este o lema de uma campanha internacional contra o racismo no futebol lançada em Londres, sob o patrocínio da Nike, que tem em Thierry Henry a cara mais emblemática. Para além de adesões individuais, a campanha terá ainda o apoio das selecções de Portugal, Holanda e Rússia, que em jogos particulares que vão disputar a 9 de Fevereiro, vão utilizar equipamentos de cores preta e branca.
A campanha, que arranca a 6 de Fevereiro, convida os adeptos a doar 2 euros na compra de uma pulseira emblemática (duas faixas, uma preta e outra branca, entrelaçadas). Serão postas à venda 2,5 milhões de pulseiras e os fundos assim angariados serão geridos em diversas iniciativas de combate ao racismo pela Fundação Rei Balduíno, da Bélgica.
Boa parte da conferência de imprensa centrou-se no incidente que espoletou a campanha, protagonizado há meses pelo seleccionador de Espanha, Luís Aragonês. Henry, visado pelos comentários racistas do espanhol, voltou a lamentar o que ouviu, admitindo poder "perdoar Aragonês, se ele pedir desculpas", mas "nunca esquecer".
O facto de a cerimónia ter coincidido com o 60.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz "não foi coincidência". O racismo, nas devidas proporções, é "uma espécie de holocausto dos nossos tempos", disse Henry.


O seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari, disse: "Participar neste tipo de iniciativas é o mínimo que nós, profissionais do futebol, podemos fazer. O racismo existe e o futebol serve para unir as pessoas e não para as dividir. Por isso, vamos jogar na Irlanda com a tal camisola preta e branca com orgulho."

A “nossa” selecção já tem jogadores como o Miguel e o Jorge Andrade, já tem um capitão como o Costinha, agora até já vai equipar de preto e branco, ou seja já nem as cores da bandeira nacional respeita.