As desventuras de Louça no Porto
Francisco Louça deslocou-se ao Porto. Antes de concretizar esta sua deslocação ao Norte, talvez Louça pensasse que aqui a sua acção de propaganda decorreria de forma identica à campanha presidencial que realizou em Lisboa, em Setúbal ou no Alentejo, ou seja pensou que seria um mero passeio. Mas se pensou isso,pensou mal!
No sul da Gallaecia, ou se preferirem a norte do Rio Douro, os comunistas nunca foram bem vindos nem bem recebidos. Infelizmente hoje em dia começam a existir cá pelo Norte alguns burgueses frustrados que aliados a alguns jovens toxicodependentes apoiam estes tristes internacionalistas, mas, é claro que muitas pessoas mesmo não concordando com Louça acabam por cumprimenta-lo, a maioria das quais apenas por uma questão de educação! E se virem muita gente na televisão, não se deixem enganar, está lá muita gente porque faltam dois dias para o Natal e aquelas ruas estão cheias de clientes, não de apoiantes do Xico Louça!
Ainda antes de chegar Louça, a comitiva bloquista mal chegou à baixa portuense foi imediatamente confrontada com os protestos de um vendedor de castanhas, convencido de que os bloquistas, lhes estavam a afastar clientes.
Quando Louça chegou foi rodeado por varias pessoas, nessa altura, foi abordado por um homem que, em tom provocatório, lhe perguntou "Gostava de saber qual o partido que mais prejudicou a classe trabalhadora".
Louçã disse "O PSD". "Não, desculpe, foi o PS", reagiu o homem, embaraçando o candidato, que se afastou de imediato. "Não interessa dizer quem foi!", protestou o homem. Entre a comitiva, ouviam-se estratégias para evitar uma situação do género.
"Temos que nos pôr à volta dele para o proteger, se não ainda aparece outro maluco e eles (jornalistas) usam isso", discutia-se entre os apoiantes.
Curiosa a maneira como a comitiva de Louça trata aqueles que não concordam com eles, ou seja apelidam os eleitores que não concordam com Louça de MALUCOS!
Inacreditável a lata destes internacionalistas!
Esta parte foi escrita após a leitura do JN, agora vou transcrever parte daquilo que foi publicado no jornal “Primeiro de Janeiro”
“o candidato a Belém viu, por parte dos populares, serem-lhe colocadas algumas questões, algumas das quais embaraçosas. “Afinal para onde é que vamos? Vamos para bem ou para mal?”, perguntou um indivíduo que, sem ter esperado pela resposta do candidato, de imediato afirmou: “ele [Louçã] fala, fala...diz o que diz porque sabe que não vai para lá”.(…)”
“(…)um homem na casa dos 50 anos dirige-se, rapidamente, ao encontro de Louçã e pergunta: “então diga-me lá qual foi o partido que mais prejudicou a classe trabalhadora?”. O candidato, visivelmente embaraçado, exclama um “não sei...diga-me você”. O indivíduo insiste e Louçã, com um certo custo afirma: “Foi o PSD”, ao que o senhor, visivelmente irritado responde: “Não senhor...não foi nada. O partido que mais prejudicou os trabalhadores foi o PS porque nos enganou a todos.
Disse-nos que o País estava de uma forma e era tudo mentira porque as nossas contas já estavam catastróficas”.
Instado pelos jornalista a responder às interpelações de que foi alvo, Louçã afirmou que “este ambiente é que marca a diferença porque as pessoas são livres de darem as suas opiniões e trocarem impressões, o que é bom para tiraram dúvidas”.”